Desenvolver nas pessoas mais vulneráveis o comportamento de resiliência para esse momento de pandemia e prepará-las para os reveses de hoje e os que ainda virão. Esse foi o mote do bate-papo surpreendente que eu e @Cristina Vilela tivemos com @Monica de Cassia Silva, @Valéria Santos, em Minas Gerais, @Oswaldo Bilbao, do Peru, em mais um encontro do Programa Integrar para falar sobre nossa ação no mundo.
Abordamos o quanto a pandemia está escancarando as vulnerabilidades sociais, a dependência das comunidades em relação ao poder público e às outras organizações do entorno e o que é possível fazer nesse momento para tornar mais saudável, autônoma e sinérgica essa relação.
Discutimos o quanto empresas e parceiros estão dispostos a se envolverem de fato com problemas complexos, buscando soluções conjuntas com as comunidades, renegociando recursos não só para prevenção como também para impulsionar novos negócios.
Um exemplo é a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - APAC, em Belo Horizonte, que trouxe nova perspectiva de vida para mulheres que se tornaram costureiras e estão tendo a oportunidade, dentro do sistema carcerário, de construir uma profissão. Com certeza essas mulheres passarão das máscaras em tempo de Covid para outros moldes de vestuário e de vida.
No Peru, o Centro de Desarollo Etnico, também viu oportunidade na crise e, por lá, decidiram ir além da ajuda emergencial e aproveitar esse momento para desenvolver pessoas e organizações, trabalhando profundamente a resiliência, autoestima da comunidade negra contra o racismo, fomentando novos negócios e fortalecendo os já existentes, sem esquecer da articulação de políticas públicas para hoje e para o futuro que emerge.
Assim vamos caminhando, com o propósito de incentivar as pessoas a verem o potencial que elas têm de serem protagonistas das suas histórias, com reintegração social e econômica, seja na distância da vida rural, no sistema carcerário e na exclusão que o racismo promove.
Raquel Chrispim
Diretora Executiva
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